Livro: "5º Batalhão De Engenharia De Construção"

No dia 16 de janeiro de 1966, um comboio inusitado partiu do Parque Depósito Central de Material de Engenharia para enfrentar os terríveis perigos da traiçoeira e desconhecida selva amazônica, numa longa marcha motorizada. Nem mesmo a fome e a sede fizeram com que se esmorecessem os seus ânimos e após 34 dias de jornadas diuturnas, maltrapilhos, febris e já amargando a angústia da saudade daqueles que deixaram para trás, adentravam na capital do Território Federal de Rondônia – Porto Velho. Estava escrita a primeira página da história da integração. A Amazônia foi durante muitos séculos a parte mais esquecida da Federação. Hoje é, a mais lembrada. Se para uns é um inferno, para outros é um paraíso de esperanças. Nesta Amazônia paradoxal, misteriosa, gigantesca e desafiadora, foi instalado no dia 26 de fevereiro de 1966, o 5º Batalhão de Engenharia de Construção, criado com a missão de integrá-lo definitivamente ao Brasil. Era um desafio e o desafio foi aceito. Ao nosso Batalhão foi confiada essa tarefa de gigantes. A cada um de nós foi dada essa oportunidade ímpar de transformar em atos, em obras concretas, as palavras que tantas vezes ouvimos e pronunciamos sobre a necessidade inadiável de integrar definitivamente a Amazônia à comunidade nacional. Coube-nos a honrosa missão de substituir a sonoridade e a beleza do verbo pelo silêncio da ação profícua e positiva. Deus nos dê a fortaleza de ânimo e a estatura moral para enfrentarmos a magnitude de nossas tarefas. Temos plena consciência do nosso papel neste imenso país: nossos antepassados legaram-nos os seus magníficos exemplos; nossos contemporâneos não esmoreceram e nossos filhos nos contemplam confiantes. Sabemos que há algo muito importante a ser feito; algo sólido e que influirá profundamente no futuro da Amazônia e do Brasil; mas será alguma coisa que, uma vez concluída, dará a cada um de nós, no fim da vida, o direito de dizer, com o mais justo, o mais puro e mais tranqüilo orgulho: EU NÃO VIVI EM VÃO!. (Palavras do Cel Carlos Aloísio Weber – 1º Cmt do 5º BEC – em suas palavras iniciais no 1º Boletim Interno).