Livro: "A funcionalidade auto apagada da Culpa"

Este artigo apresenta um relato de culpa combinando duas ideias que geralmente são criadas uma contra a outra: essa culpa desempenha uma função importante, e essa culpa é justificada pelas razões morais que fazem as pessoas serem culpadas e não por sua funcionalidade. O artigo argumenta que a culpa não poderia ter se desenvolvido de forma puramente instrumental, e que sua própria funcionalidade exige que sua funcionalidade seja acusada em favor de razões não instrumentais para a culpa — sua funcionalidade é auto-effacing. Essa noção é aguçada e mostra-se como ela oferece uma alternativa aos relatos instrumentistas ou consequentes de culpa que preserva sua visão animadora, evitando suas fraquezas reformulando essa visão em um papel explicativo. Isso não só permite fazer melhor justiça à autoridade e autonomia de razões não instrumentais para a culpa, mas também revela que a autonomia é uma precondição da funcionalidade da culpa. Ao contrário das contas rivais, também evita o “efeito alienação” que torna a culpa instável sob reflexão, subestimando a autoridade das razões morais que lhe permitem desempenhar sua função em primeiro lugar. Em vez disso, produz uma explicação vingativa que fortalece nossa confiança nessas razões morais.