Uma ode à inocência das crianças, um retrato do início dos anos 1980 ou um recorte atual da nossa sociedade num livro de poesia criado como arte punk!
Como os bilhetes de bandidos dos filmes, o livro foi criado só com papel, cola, durex e tesoura, com todas as letras coladas uma por uma, numa edição pensada como tendo sido feita num futuro onde a energia elétrica não existiria mais.
Uma lembrança dos primeiros anos daquela criança que seria eu 50 anos depois, num livro pós-adolescente que guardei por 30 anos na gaveta, protegido das patrulhas que voltaram a nos perseguir, o texto surpreende pela atualidade, uma obra de arte que parece ter sido feita de propósito para o agora mas que é um recorte do passado, desse futuro distópico como o nosso presente, mais fantástico e surreal que a mais insana ficção.
Construido da mais pura revolta adolescente, de surfe de peito, de skate e fumaça, como um filme movido a rock n roll, com poesias, letras de música, registros reais e estórias inventadas, onde nunca fica claro quais são as verdadeiras e quais as ficcionais.
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Autor: Marcelo Veneno
