Livro: "Coleção De Moedas De 1122 Ac A 1969 Dc"

Políbio há muito tempo observou que os vários fenômenos de crescimento, maturidade e decadência, pertencem tanto às comunidades quanto às pessoas. Após a queda da liberdade romana, o império se dividiu em dois, e depois em muitos fragmentos, cada um dos quais tornou-se um reino separado; esses reinos posteriormente ficaram divididos em vários condados ou ducados, e o último em reinos ainda mais numerosos. Cada instituição despedaçou-se de maneira semelhante. O Senado morreu; as tábuas da lei foram destruídas; os tribunais de justiça desapareceram; os livros foram consignados às chamas ou suas lições apagadas para dar lugar a lendas monásticas ociosas; escolas foram destruídas; postos e pousadas foram descontinuados; bancos, faculdades, guildas e outras corporações desapareceram; o censo caiu no esquecimento; até mesmo a organização de exércitos cessou, e condes e reis decidiram suas brigas por combate individual. Roma, no entanto, não foi o único império cuja literatura foi sacrificada ao fanatismo. Os sacerdotes destruíram a de Nínive, Assíria e Líbia. O mesmo curso de desintegração acompanhou a história das instituições, das ideias, dos pensamentos. O mundo, a comunidade, a república, a nação, o estado social, as pessoas, a opinião pública, o comércio, o dinheiro, o crédito, todas as concepções da mente e da regulamentação da sociedade conhecidas pelos gregos e romanos em seu mais amplo sentido. Na Idade das Trevas elas encolheram aos menores limites ou foram totalmente extintas. O mundo diminuiu; a comuna era o pátio do duque. Quanto ao estado social, comércio e dinheiro, essas instituições tornaram-se bastante obsoletas ou apenas permaneceram em uma condição de morte. Foi nessa época, quando cada uma de suas partes constituintes estava à beira da dissolução, que a estrutura social da Europa de repente reviveu. Maomé surgiu na Arábia.