O papel das mães na pesquisa pré-natal tem sido amplamente discutido. Significativamente menos trabalho tem sido feito no papel do pai. Neste artigo, com foco em questões éticas, buscamos corrigir esse desequilíbrio. Examinando a posição do pai em pesquisas realizadas em gestantes, perguntamos se deve ou não ser exigido o consentimento paterno, além do da gestante. Tendo distinguido entre diferentes conceitos de pai e mãe, procedemos dando uma visão geral das razões para exigir o consentimento da mulher que está carregando a criança. Examinamos então quais dessas razões se aplicam ao pai biológico, e mostramos que algumas delas são relevantes para o pai. O caso, grosso modo, gira em torno de questões de privacidade, as futuras responsabilidades legais do pai e a probabilidade de que ele se preocupe com a saúde e o bem-estar de seu futuro filho. Esses fatores no problema da decisão devem ser todos reconhecidos, assim como o fato de que eles podem, em princípio, ser superados por outras considerações.
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Autor: Raquel Souza Ramos
