Livro: "DEMOCRACIA EM CONVULSÃO"

Este livro é composto por quatro ensaios que visam entender o Brasil em seus aspectos políticos e culturais da atualidade. Os ensaios tratam da democracia em convulsão, das disputas entre Direita e Esquerda, das origens da democracia na Grécia e no Brasil, da ascensão de Jair Bolsonaro e sua imolação como mito, e da ética e moral necessárias ao Brasil. O Capítulo 1 analisa a situação político-cultural brasileira sob a perspectiva da disputa entre Esquerda e Direita. Descreve em detalhes o que constituem a Esquerda e a Direita, tanto em sua origem europeia, quanto no Brasil. Enfatiza o papel da classe média “escolada” nas contendas políticas da atualidade, principalmente em função do receio da perda de direitos e privilégios próprios dessa classe social. Observa-se a indiferença do “povão” diante da disputa política interna à classe média. A democracia como forma de governo é vista como alternativa à revolução de esquerda e ao autoritarismo de direita. Para entender democracia é feita uma avaliação das origens da democracia na Grécia Antiga. A conclusão é: a Grécia antiga criou a democracia porque foi capaz de acabar com o mito do rei divinizado, a quem todos deviam prestar reverência e respeito absolutos. São analisas as instituições políticas e a disposição ética dos gregos antigos que permitiram o surgimento da democracia diante dos Estados autoritários das civilizações antigas. Também se considera o papel da luta de classes na Grécia e a tentativa de diminuir a violência como bases para o surgimento da democracia grega. O papel da elite eupátrida e da classe intermediária hoplita no surgimento da democracia grega. A visão dos filósofos e oradores gregos na formação da democracia. Análise da democracia brasileira. As dificuldades de superar 300 anos de colonialismo. A continuidade portuguesa pela monarquia. O surgimento do positivismo como ideologia política e do republicanismo. As bases filosóficas para a abolição da escravidão. O controle político por parte da elite agrária e da nova elite industrial. O surgimento da classe média brasileira com ganas de autonomia. A Revolução de Trinta e a modernidade brasileira. Os anos dourados da década de 1950 e 1960. Cultura, sociedade, arte e política no período da ditadura militar. A continuidade do processo social e cultural brasileira mesmo durante a ditadura militar. O surgimento de uma nova linguagem artística e o divórcio entre a classe média e o povão. A expansão universitária e o surgimento de uma nova visão do mundo, de base marxista e pós-moderna, que vai dominar a universidade e o pensamento político-cultural brasileiro. O empacamento da educação pública no Brasil. As ilusões pedagógicas como cortina de fumaça para o desprezo pela educação popular. Os novos partidos políticos e ascensão do Partido dos Trabalhadores. A política brasileira e o surgimento de uma nova Direita no Brasil. Jair Bolsonaro como figura exdrúxula, vinda dos cafundós do caipirismo paulista, misturado com o militarismo vem representar a insatisfação do povão diante de sua condição social com pouca participação na cultura e na economia brasileiras. O desprezo da classe média por Bolsonaro e seu desafio excruciante. O capital final trata da ética e da moral no Brasil. Existe ética no Brasil? Pode haver um país sem moral? Que exemplos pode haver na nossa história que nos apresente alguma esperança de que há um nervo ético na formação e na atualidade do Brasil? O papel de Sergio Moro e a Lava Jato na nova consciência da mudança moral no Brasil. A busca pela equanimidade, pela punibilidade criminal, pelo cumprimento das leis e pelo respeito ao dinheiro público como bases para a redenção político-cultural do Brasil.