Livro: "Ensaio Filosófico Sobre O Sentido da Vida"

Muitas grandes figuras históricas da filosofia forneceram uma resposta à questão do que, no mínimo, torna a vida significativa, embora tipicamente não a tenham colocado nestes termos. Considere, por exemplo, Aristóteles sobre a função humana, Aquinas na visão beatífica, e Kant no bem mais alto. Embora estes conceitos tenham alguma influência na felicidade e na moralidade, são interpretados de forma simples como relatos dos quais os fins finais de uma pessoa devem perceber para ter uma vida que importa. Apesar do venerável pedigree, só nos últimos 50 anos é que algo que se aproxima de um campo distinto sobre o sentido da vida foi estabelecido na filosofia anglo-americana, e só nos últimos 30 anos é que o debate com profundidade real apareceu. Concomitante com o fim do positivismo e do utilitarismo na era pós-guerra tem sido o surgimento de um inquérito analítico sobre conceções não hedonistas de valor, incluindo conceções de sentido na vida, assentes em julgamentos relativamente incontroversos (mas não certos ou universalmente partilhados) de casos, muitas vezes chamados de “intuições”. Espera-se que os filósofos de língua inglesa continuem a encontrar o sentido de interesse da vida, uma vez que percebem cada vez mais que é um tema distinto que admite um inquérito racional a um grau não menos do que categorias éticas mais familiares, como bem-estar, carácter virtuoso e ação certa.