Livro: "Estudo Biográfico: Henry More"

Henry More (1614 – 1687), teólogo e filósofo, é geralmente considerado como característico de um grupo de pensadores amplamente semelhantes, discernidos por historiadores e designados por eles como platonistas de Cambridge (Tulloch 1874, Cassirer 1953). Certamente, a teologia dualista de Corpo e Alma de More estava fortemente endividada com o pensamento neoplatónico, mas a teologia filosófica que desenvolveu durante as décadas de 1650 e 1660 deve ser reconhecida como quase inteiramente idiossincrática, embora, em alguns aspetos, tenha sido estreitamente paralelo na filosofia e teologia do seu amigo e colega, Ralph Cudworth (1617-1688), e em menor grau nas obras dos seus seguidores, George Rust(c.1628-1670) e Joseph Glanvill (1636-1680). Mais é notável como um teólogo racionalista que tentou usar os detalhes da filosofia mecânica, como desenvolvido por René Descartes, Robert Boyle e outros, para estabelecer a existência de substância imaterial, ou espírito e, portanto, Deus. Em particular, é conhecido por desenvolver um conceito de Espírito da Natureza, um intermediário entre Deus e o mundo que supostamente era obrigado a prestar contas por esses fenómenos físicos que não podiam ser explicados pela filosofia mecânica, e um conceito de um espaço absoluto infinito que também foi feito para representar a realidade imaterial, e até para partilhar alguns dos atributos de Deus.