Livro: "Fisionomia da vida patológica: crítica ao capitalismo em Axel Honneth"

Este livro é uma tentativa heurística de evidenciar os elementos centrais de uma crítica imanente do capitalismo diante das experiências contemporâneas de injustiça e sofrimento social. Para tanto, é analisado os potenciais e limites de três diferentes estratégias do modelo de Teoria Crítica da sociedade do reconhecimento e da liberdade social desenvolvida pelo filósofo e sociólogo alemão Axel Honneth: i.) a crítica das patologias sociais do capitalismo; ii.) a crítica das ambiguidades normativas e contradições paradoxais do neoliberalismo e a iii.) crítica aos desenvolvimentos desviantes do mercado. Em todos os casos, o recurso da teoria social honnethiana nos permite compreender a dinâmica institucional e dos conflitos sociais de nossa sociedade a partir da imagem ou “fisionomia” do capitalismo enquanto uma forma de vida inexoravelmente deformada, que corrói instituições políticas e bloqueia experiências emancipatórias na esfera pública. Para além de uma compreensão crítica desse modelo de organização social intrinsecamente patológico, o livro recupera o projeto honnetiano de uma renovada teoria metapolítica do socialismo, que teria como orientação normativa a prática cooperativa da liberdade social numa eticidade democrática. Além de uma contribuição para pesquisadores de filosofia política, teoria social e outros campos das humanidades, este livro é um importante instrumento teórico de diagnóstico crítico e normativo para movimentos sociais e atores políticos em busca de emancipação e justiça social nas sociedades contemporâneas.
“Ao mesmo tempo em que soube colocar Honneth frente a outros teóricos do tempo, Veras nos mostra que as intuições honnethianas poderiam servir a tratar de alguns dos problemas mais prementes de nosso tempo, como as persistentes desigualdades econômicas, de gênero e raça, os retrógrados bloqueios à experiência das diversas formas de sexualidade, mas também a ressurgência de forças conservadoras obscurantistas” Prof. Dr. Luiz Gustavo da Cunha de Souza (UFSC)