Livro: "O Conceito de Tecnologia – volume 2"

SINOPSE:

É fato raro, no mundo editorial, que livros fundamentais de autores importantes permaneçam inéditos por muitos anos. Foi auspicioso receber a notícia de que a mais extensa obra de Álvaro Vieira Pinto (1909-1987) havia sido recém-descoberta, na forma de 1.410 laudas datilografadas em máquina de escrever, minuciosamente corrigidas a mão. O tema não poderia ser mais atual ? o conceito de tecnologia ? e a abordagem, fascinante e rara: aqui é um filósofo quem discorre sobre tecnologia, não um economista.
Por que um filósofo resolveu estudar tão extensamente esse assunto? Vieira Pinto poderia responder que o processo de hominização apresenta dois aspectos fundamentais: a aquisição, pela nossa espécie, da capacidade de projetar e a conformação de um Ser social, condição necessária para que se possa produzir o que foi projetado. Considerada como “memória social do fazer novo”, a técnica é inerente a esse processo, pois o desenvolvimento do homem, o animal que cria e produz, exige um manuseio cada vez mais elaborado do mundo.
Vieira Pinto referenda a importância, potencialmente libertadora, da técnica. Recusa as concepções que fazem dela um perigo em si, pois ao fim e ao cabo quem comanda o processo ? para o bem ou para o mal ? sempre é o homem. Mas recusa fetiches. Denuncia, por exemplo, a expressão “era tecnológica”, comumente aplicada ao tempo atual, pois o homem não seria humano se não vivesse desde sempre nessa suposta era. A ideia de que ela foi inaugurada recentemente é apenas um artifício ideológico por meio do qual os grupos dominantes glorificam a sua dominação, apresentando-a como uma época áurea. A prova disso, reiterada todos os dias, é a diversidade de coisas novas anunciadas. “Mas é um erro olhar fundamentalmente para as coisas”, diz o filósofo, “pois a verdadeira finalidade da produção humana consiste na produção das relações sociais, a construção de formas de convivência.” Vieira Pinto está aqui, mais do que nunca, próximo de Marx, e não por acaso realiza neste livro a sua crítica mais contundente ao pensamento de Heidegger.
Catedrático da Faculdade de Filosofia da então Universidade do Brasil (hoje UFRJ), esse intelectual que unia formação clássica rigorosa à condição de excelente matemático ganhou projeção a partir de 1956, quando se juntou ao grupo de fundadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), cujo Departamento de Filosofia passou a chefiar. Ali, instalado no centro dos debates do ciclo desenvolvimentista, dedicou-se a compreender filosoficamente os vários modos de pensar o Ser nacional a partir da periferia do sistema-mundo. Nação, projeto, trabalho, desenvolvimento, construção de identidades foram temas que permearam sua fecunda reflexão, que culminou neste “O conceito de tecnologia”, finalmente localizado e publicado agora, pela primeira vez, em dois volumes.
César Benjamin

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