Livro: "O EMPREGOS DAS PLATAFORMAS DE OBSERVAÇÃO ELEVADA"

As tecnologias embarcadas vêm tornando-se gradativamente mais importantes na realidade da atividade de polícia ostensiva e nas instituições preocupadas com as garantias de direitos e com a plenitude da ação vinculada ao policiamento ostensivo no País. Diversas são as ferramentas que buscam entregar ao gestor as informações essenciais para que os objetivos sejam plenamente alcançados, tanto no âmbito das mais modernas ferramentas disponíveis no mercado quanto no das que podem ser produzidas conforme as demandas apresentadas por esse gestor. Nesse diapasão, busca-se apresentar as plataformas de observação elevada (POEs), suas formas de emprego, o desenvolvimento de ações que foram implementadas pelo Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI), além de, de forma inédita, apresentar um conjunto de procedimentos que devem ser observados para a operação dessas estruturas.A crescente transformação da condição social das pessoas que vivem no País induziu o poder público a buscar soluções tecnológicas que apoiassem a farta doutrina policial militar voltada para o combate à criminalidade. Devido a isso, obviamente, o mercado tecnológico não poderia deixar de oferecer ferramentas que suprissem as necessidades das pessoas, dos governos e das instituições de ter, nas suas estruturas, ferramentas que busquem a diminuição da criminalidade, a melhoria da qualidade de vida das pessoas e o desenvolvimento da economia de uma forma geral.Nesse contexto, com o anúncio da Copa de Mundo de 2014, os mercados tecnológicos internacional e nacional voltaram-se para essas soluções, buscando abocanhar um espaço aberto no País que aproximasse a sociedade dessas ferramentas facilitadoras da atividade policial, fossem elas na polícia judiciária e investigativa, fossem elas na polícia ostensiva.Vários foram os projetos e as iniciativas concebidos, buscando elevar o País como um todo e, mais especialmente, as cidades-sede de jogos da Copa a uma condição tolerável de segurança, a ponto de dar suporte a esse mega evento, reconhecido como um dos maiores do mundo. Naquele momento histórico, já havia preparativos para esse espetáculo e para as Olimpíadas, que seriam realizadas no Rio de Janeiro. Isso trouxe para os órgãos policiais modernas ferramentas, que acabaram se agregando ao dia a dia das corporações e que, encerradas as duas grandes atividades globais, passaram a não mais ser novidade e se incorporaram aos conceitos desejados pelos administradores públicos, passando à rotina de emprego diário nas atividades operacionais, além de sua manutenção, até que novas tecnologias surjam, novos estudos sejam realizados e a inovação complemente e/ou ultrapasse essas tecnologias.O grande foco dos pesquisadores e dos elaboradores de projetos de segurança pública é divulgar a informação com qualidade e velocidade, oferecendo vantagem estratégica ao profissional que gerencia o processo policial na rua, garantindo a tática adequada e a implementação de ações indutoras da efetividade da indubitável e necessária presença policial.No Estado do Rio Grande do Sul, no que se refere à segurança pública, várias foram as novidades na época da Copa. O aporte financeiro de maior relevância deu-se com a construção do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que trouxe incremento à tecnologia disponível no Estado, especialmente com a instalação de uma sala-cofre e de uma sala de controle operacional de todos os recursos disponíveis na cidade de Porto Alegre e com o emprego de estruturas móveis, como as POEs e os Centros Integrados de Comando e Controle Móveis (CICCM), num total de quatro caminhões, dois deles articulados.Como não há, até o momento, um manual de utilização das plataformas de observação elevada, este trabalho visa a preencher essa lacuna, oferecendo ao meio policial militar uma referência inicial de utilização desses veículos.