Livro: "O golpe militar de 1º de abril de 1964: O trágico aborto de uma nação"

SINOPSE:

No início dos anos sessenta, os brasileiros estavam dominados por um intenso sentimento de euforia. O Brasil parecia ser uma nação predestinada a um futuro glorioso. A euforia era motivada por fatos auspiciosos como o milagre econômico da era JK, a construção de Brasília, a conquista de uma Palma de Ouro em Cannes. O êxito em duas Copas do Mundo da FIFA e até o título de Miss Universo de 1963, obtido por Ieda Maria Vargas, contribuíram igualmente para o entusiasmo do povo brasileiro. As esquerdas comemoravam, radiantes, a ascensão de Cuba como a primeira nação socialista da América. Os católicos progressistas estavam entusiasmados com as encíclicas do papa João XXIII. Na esfera da política institucional, havia motivos também para comemoração. Em janeiro de 1963, o Brasil tinha o primeiro governo na história da República comprometido com os trabalhadores. Porém, o sentimento de euforia foi efêmero. Depois de 14 meses e 8 dias da posse de João Goulart na chefia do Governo, o presidente que iniciava as reformas estruturais foi destituído e o país ingressou num longo e tenebroso período de ditadura militar. Por que as esperanças de milhões de brasileiros desabaram de forma tão rápida e fragorosa? Por que os militares repudiaram o projeto de nação do governo João Goulart e optaram por um capitalismo associado ao centro hegemônico que teria a concentração da renda como princípio básico? O livro pretende sugerir algumas respostas para essas perguntas.A partir de novembro de 1963, o governo João Goulart abraçou como meta a construção de uma sociedade capitalista moderna independente do centro do capitalismo mundial. Um conjunto de reformas estruturais seria necessário para a realização dessa meta. As reformas de base exigiriam mudanças na Constituição. O objetivo era promover a classe trabalhadora urbana e rural mediante a concessão de direitos, de terra e renda. Embora as transformações na sociedade brasileira propostas pelo presidente da República nada tivessem de comunistas, elas atingiam os privilégios seculares das oligarquias rurais e urbanas. Essas oligarquias consideraram as ações reformistas de Jango, baseadas na mobilização de massa, como subversivas. Elas acreditavam que não era possível distribuir os frutos do desenvolvimento econômico para toda a população num sistema capitalista periférico que adentrava num ciclo de crise. Ressalte-se, num sistema capitalista ainda muito dependente da exportação de produtos primários. Para os empresários brasileiros, tornava-se insuportável ver sindicalistas frequentando o palácio presidencial para reivindicar aumentos salariais e benefícios sociais e trabalhistas que julgavam abomináveis. Da mesma forma, outros setores consideravam o governo Jango também execrável. Os empresários estrangeiros instalados no Brasil ficavam horrorizados observando a permanência de nacionalistas radicais no poder hostilizando as corporações multinacionais. Descontentes com essa postura xenófoba, os empresários nativos desejavam a conciliação da economia brasileira com os interesses norte-americanos. O nacionalismo do governo João Goulart era considerado uma burrice desde que a retração dos investidores era compreendida como uma das causas da estagnação econômica. Em suma, naquela conjuntura, as classes dominantes esperavam do governo o fortalecimento do controle repressivo sobre os trabalhadores para iniciar uma nova etapa de superacumulação de capital. Goulart caminhava em sentido contrário ao desejado pelas classes dominantes. No final de março de 1964, percebendo o risco iminente de perder uma região economicamente importante para os Estados Unidos, a Casa Branca passou a apoiar a conspiração golpista de uma forma mais efetiva e decisiva. Washington não podia permitir a provável ditadura de um líder político que adotava medidas nacionalistas e era conivente com as hostilidades ao capital estrangeiro promovidas pelos grupos que o apoiavam.

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