Livro: "O QUE É A REALIDADE?"

A verdade sempre foi uma busca realizada pelos seres humanos para compreenderem o mundo físico no qual estavam inseridos. Essa procura de saber o porquê de cada coisa e, para que elas existem fez com que os homens criassem os primórdios da Filosofia. Sabemos que os gregos antigos foram os iniciadores dos questionamentos sobre as verdades da vida e da Natureza. Mas, muitas vezes foram enganados pelas realidades que eram percebidas e pelos fatos causadores das mesmas. Observando que esse evento era possível, em razão de não se ter possibilidade – naqueles tempos – de ir fundo em razoável número de questões, eles partiram de dois princípios: Dóxa (crença, opinião, ponto de vista) e Alétheia (verdade, real). Antes de se chegar ao entendimento da verdade as opiniões eram confrontadas, de maneira que a mais simples e lógica era aceita como a mais aproximada da realidade dos fatos. Entre os filósofos era sabido ser a verdade inerente a um “mundo” distinto do mundo das formas no qual eles se movimentavam. Conceitos e preconceitos eram incapazes de serem elementos úteis quando se buscava penetrar em todos os mistérios apresentados pela Natureza. Debates calorosos e, muitas vezes infrutíferos, foram levados a efeito naqueles idos tempos. E muitas pessoas não estavam interessadas em nenhuma verdade “que fosse diferente daquela na qual já acreditavam”.Sócrates (469 a. C. – 399 a. C.) é tido como um dos fundadores da Filosofia oriental. Foi muito importante na Grécia antiga, mas suas ideias não encontraram os corações dispostos a aceitá-las. O método socrático era empregado para fazer com que as pessoas discutissem – debatessem – visando uma visão mais abrangente sobre a questão analisada. Era a maiêutica – ou parto das ideias – socrática. Primeiramente ele propunha que seus discípulos comentassem suas concepções pessoais sobre um tema qualquer, geralmente os debates eram acalorados.