Livro: "Selvageria: Conto Coleção Identidade"

SINOPSE:

O conto Selvageria é um retrato das ruas da metrópole – de seus personagens, situações cotidianas, seus ambientes – ou mais um filme. Um personagem que vê tudo e narra tudo conduz o leitor por essa viagem.
“Nove e meia da manhã.Saímos do elevador (eu, Chuchu e a babá gigante) e na recepção encontra-se apenas o auxiliar de portaria número três (cobrindo o porteiro número um, que deve ter dado uma saída). Até converso com ele, o auxiliar de portaria número três, e geralmente não passa de um bom-dia ou boa-tarde, depende da hora. Mas sei que ele vem de Sergipe, de uma cidade distante seis horas de ônibus para dentro do estado. Está falando ao telefone, o que é uma boa notícia, então posso apenas balançar a cabeça num cumprimento de passagem. A babá gigante com a Chuchu no colo. Mais à frente, já na rua, passamos pelo mendigo vai-com-Deus. Ele não tem um único dente na boca, mesmo assim escancara a banguela para gritar para todo mundo um vai-com-Deus entusiasmado. Devolvo um tá bom, na mesma hora em que percebo a vizinha da cobertura vindo no sentido contrário, na nossa calçada, de um jeito que não tem como escapar. Ela manda a empregada descansar as sacolas de compras no chão para dizer agora aqui é assim, a gente não pode nem sair de casa sossegado que vem logo um pedinte pra incomodar, eu moro aqui há mais de trinta anos e fica cada vez pior, esse indivíduo, por exemplo, vivia zanzando por aí, mas outro dia eu dei pra ele um prato de comida, ele disse que estava com fome, falou vai com Deus madame, mas antes pode arrumar dez reais pra mim comer?, eu perguntei tá com fome?, ele respondeu claro!, então peraí, eu subi pro meu apartamento, mandei preparar um prato bem cheio de comida, a mesma comida que eu como, igualzinha, mandei botar tudo num prato descartável, e garfo, e faca, tudo descartável, e mandei trazer pra ele, e álcool gel, porque eu sou chata , sou médica aposentada e por isso eu sei das coisas, desde então ele não sai daqui da esquina, mas eu não dou mais comida não, já dei uma vez, fiquei com pena, mas assim não dá, né?, assim acostuma, fica que nem esses pombos aí, acredita que todo dia cedinho para um carro, no meio da rotatória, só pra despejar um saco inteiro de pãozinho picado no chão?, assim não dá, né?, assim acostuma, por isso que tá cheio de pombo por aqui, mendigo e pombo, uma imundície. A babá gigante com Chuchu no colo. Uma olhando séria para mim, e a outra se agitando toda, querendo ir para o chão, jurando que não vai sair correndo para o parquinho que nem uma maluca, esperneando. Então peço licença para a vizinha e digo essa menina é fogo, a vizinha responde eu sei como é que é, hoje em dia as crianças são assim, mas, antes que ela invente de ensinar como se cria uma filha, só me faltava essa, conseguimos seguir adiante. (…)”
Este conto faz parte da Coleção Identidade. Saiba mais em www.amazon.com.br/colecaoidentidade

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