Livro: "A corrupção nossa de cada dia: desabafos de um cidadão indignado"

O livro possui o seguinte formato: partes I, II e III compõem a trilogia da corrupção no passado, no presente e remota possibildade de solução no futuro. A última parte integra meus desabafos, que concebe o subtítulo do livro – desabafos de um cidadão indignado. A parte I resume a história da corrupção no Brasil. A parte II mostra o ciclo da corrupção nos tempos atuais. Embora tenha acontecido mudanças no cenário político, com eleições de alguns “novos” políticos, o modus operandi continua o mesmo. Na parte III, observa-se uma janela aberta pela qual alguns poucos políticos bem-intencionados procuram ser responsáveis não apenas com suas promessas em campanhas eleitorais, mas também, caso eleito, procuram atuar com zelo e respeito aos cidados e ao país.Na parte IV, os provérbios, ou ditados, são criados mais ou menos assim: a partir do erro, ou mesmo do descuido momentâneo por parte do agente político, ou privado, minha mente agarra o conteúdo e o transforma em desabafo para aliviar minhas frustrações e, em muitos casos, eliminar meus mais selvagens sentimentos.Portanto, os desabafos não são cortes de sabedoria, mas gritos de indignação. A rigor, a erupção mental desses desabafos acontece com força incontrolável, independente da vontade de seu criador. Eles nascem como se fossem saltos, ou mesmo gritos, resultantes de um grande susto. A reação é involuntária; às vezes, até esboço um sorriso logo após um desses saltos, pois nem sempre consigo explicar como eles acontecem. No meu caso, cada salto de espanto é materializado em forma de desabafos. E de tantos saltos, tantos gritos, tantas insatisfações e decepções políticas, senti a necessidade de republicar o livro, agora em 2ª edição.Há um pouco de tudo nos desabafos: alguns ingênuos que retratam a fase histórica do “brasileiro como homem cordial”, outros destacam situações com bom humor remetendo àquela visão “de que tudo no Brasil termina em samba”. Alguns são de tal forma ácidos, céticos e fatalistas que parecem refletir a visão do brasileiro sobre os governos da época da ditadura — aquele período em que o cidadão era crítico de todas as ações governamentais, pois enxergava o Estado como inimigo. Há também provérbios que evidenciam a ação dos políticos como se vivessem na época imperial, longínqua (?), na qual não havia lei para quem fosse amigo do rei. Existem ainda meus gritos que podem ser considerados piadas prontas, porquanto os ditados nada mais são do que plágios de incríveis ações praticadas pelos políticos. Mas a grande maioria dos aforismos revela as mazelas da corrupção dos agentes políticos, como se ainda vivessem no período da Comissão de Verificação de Poderes da República Velha (1889-1930).Portanto, queridos leitores, espero que leiam essas reflexões com seus canais de recepção abertos, aceitando-as ou rejeitando-as, seja na forma de diversão, ou mesmo com espírito de inquietude e indignação com as atitudes dos políticos brasileiros, acostumados com impunidades proporcionadas pelo sistema político e jurídico do país.