Livro: "COMPLEXIDADE E METODOLOGIA DE PESQUISA SOCIAL"

José Maria Tavares de Andrade é brasileiro, antropólogo e pesquisador na Universidade de Strasbourg. Depois de um pós-doutorado sobre Epistemologia da complexidade ele escreveu vários livros a este respeito. Em coautoria com o próprio Edgar Morin ele escreveu: um manual “INICIAÇÃO AO PENSAMENTO COMPLEXO” – disponível também no Amazon.com.br; PLANTAS MEDICINAIS & COMPLEXIDADE; COMPLEXITÉ DANS LE TRIANGLE (em português TRIÂNGULO ABC DA COMPLEXIDADE); ANTROPOLOGIA COMPLEXA; CONCEITOS, FERRAMENTAS DE PESQUISA e em breve teremos COMPLEXITÉ ET MÉTHODOLOGIE, L’Harmatann, 2021.Não dispomos ainda desta nova metodologia de pesquisa pertinente com os avanços epistemológicos do pensamento complexo. Andrade iniciou esta tarefa através de: “Complexidade em conceitos e conceito em complexidade”, Amazon.com.br, 2018.Os enormes avanços epistemológicos do enfoque complexo anunciam uma renovação sobretudo das Ciências Humanas e Sociais. Dispomos de toda uma nova geração de cientistas de múltiplos campos que já a aderiu à Complexidade – ver contribuições de colegas in «L’InterLettre Chemin Faisant du Réseau Intelligence de la Complexité/ [MCX-APC] e no site http://www.intelligence-complexite.org/fr. Como se apropriar e avançar na reforma do pensamento nas diferentes pesquisas e no ensino em geral? Como refazer as metodologias e técnicas do trabalho de pesquisa clássica nas diferentes disciplinas, em coerência com os avanços epistemológicos da complexidade? É o que só pode ser assumido coletivamente, elaboração conjunta de novo manual. O autor relaciona a MT com o pensamento simbólico (PS) e a MO com o pensamento empírico / racional (PR), a modo de uma da regra de três: o PR está para o PC assim como este está para o PS. Como velho professor da disciplina Metodologia de Pesquisa em Ciências Sociais o autor leva em conta o roteiro das etapas clássicas da pesquisa: objeto, amostragem, instrumentos de coleta e tratamento de dados, hipótese com suas variáveis, alimentadas por indicadores, até a apresentação de resultados finais e sua devolução a setores sociais mais implicados, a parir dos próprios informantes de pesquisas. Ele lembra que frequentemente confunde-se referencial teórico das Ciência Sociais com abordagens propriamente metodológicas, como: “visão moderna e contemporânea”, falando-se, por exemplo, do “Positivismo de Durkheim”, a “Sociologia Compreensiva” de Weber e a Dialética de Marx; do pensamento de Pierre Bourdieu e Michel Foucault; pesquisa de Representação Social; Metodologia do Discurso do Sujeito Coletivo”. Assume uma nova postura diante das ciências, do mundo, da vida e da Humanidade – como paradigma, filosofia, visão de mundo e ética. Nesta perspectiva diversos campos do conhecimento, separados por disciplinas, serão vistos, como a propósito das plantas medicinais: entre ciências “duras e moles”; pragmatismo e gratuidade; pesquisa pura ou aplicada; o popular e o científico; MO / MP; remédio e medicamento. Veremos nesta obra questões de elaboração de hipóteses e a exigência de uma passarela interdisciplinar entre o sistema da linguagem e o sistema cultural. Como met-odo-logia é o estudo do caminho – odos, em grego – a ser percorrido pela pesquisa, então a tarefa aqui é refazer os caminhos percorridos em experiências de pesquisa.
Ilustração da capa: ODOS, o caminho dos ladrilhos de Jaime Armando Rodrigues, foto de Rafael Gally