Livro: "A Mãe, O Filho E A Cruz"

“…e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito.” (Zacarias 12:10) Lá está ela, a mulher transfigurada. Ao mesmo tempo completamente humana e completamente divina, uma abstração de poder, pureza e amor; com uma boca melancólica e amorosa, seus olhos ligeiramente dilatados olhando através do universo até o fim e a consumação de todas as coisas; triste, como se ela visse de longe a espada visionária que deveria alcançar seu coração através do filho, agora repousando naquele coração; no entanto, já exaltada pela homenagem das gerações redimidas que deveriam saudá-la como bem-aventurada. O grande Santo Agostinho, tido em alta honra por cristãos de todas as denominações, reverenciava como sua estrela-guia duas amáveis mulheres, Monica, sua mãe, e Maria, a mãe de Jesus. Ele argumenta, em forte polêmica, que por meio do reconhecimento da preeminência de Maria, toda a humanidade foi elevada. Sua apresentação, de modo a ser totalmente compreendida, foi no início uma bênção para todas as almas por ser uma inspiração para uma vida mais pura e doce.